Guarujá não consta no mapa de risco de contaminação

Preocupada com a corrida aos postos de saúde em busca da vacina contra a febre amarela, a Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá esclarece que não há motivo para pânico. Em virtude do grande número de reportagens na televisão e em outras mídias dando conta do surto da doença no estado de Minas Gerais, ocorreu um volume maior de procura pela vacina nos postos de saúde da rede pública municipal.

Por este motivo, a Diretoria de Vigilância em Saúde de Guarujá preparou orientações acerca da doença, sua transmissão e prevenção. Os dados foram transmitidos pela Secretaria de Saúde do Estado, orientando todos os municípios. Confira:

FAZER QUADRO

Em Guarujá houve algum caso de febre amarela ou suspeita da doença?

Não houve nenhuma notificação da doença, nem de suspeita de febre amarela.

Como a febre amarela se manifesta?

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores (mosquitos).

Quais são os sintomas da doença?

Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

Há cura para a febre amarela?

A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

Onde ocorre a maior incidência de febre amarela?

Nas Américas do Sul e Central, além de alguns países da África. A doença é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres.

Como se manifesta?

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue, zika e chikungunya). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.

Quem pode ter febre amarela?

Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.

Como podemos nos prevenir contra a doença?

Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas d'água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Para eliminar o mosquito adulto, em caso de epidemia de dengue ou febre amarela, deve-se fazer a aplicação de inseticida através do "fumacê”. Além disso, devem ser t omadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela, especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.

Vacinação:

Embora segura e com eficácia que chega a 90%, a vacina contra febre amarela pode causar reações adversas, como qualquer medicamento. Os casos graves são raros e reações mais brandas como dores no corpo, na cabeça e febre podem afetar entre 2% e 5% dos vacinados.

O Ministério da Saúde recomenda que a vacina seja aplicada na população que reside ou irá se deslocar para áreas de transmissão e risco para a doença. Lembrando que são duas doses com intervalo de 10 anos, sendo que a vacina deve ser aplicada 10 dias antes da exposição.

A Anvisa recomenda dose única da vacina para pessoas que vão para países com transmissão da doença, sendo necessária a emissão do Certificado Internacional.

A vacina está contraindicada para gestantes, crianças menores de 6 meses de idade, alérgicos ao ovo e derivado, imunodeprimidos ou em tratamento com drogas imunossupressoras, pessoas com doença autoimune.

Locais de aplicação:

UBS Santa Rosa

Av. Manoel da Cruz Michael, 333, Bairro Santa Rosa, telefone (13) 3358-2564. Horário: 2ª a 6ª feira, das 9h às 15 horas.

UBS Jd. Boa Esperança

Rua Adriano Dias dos Santos, 533, Jd Boa Esperança, telefone (13) 3355-6181. Horário: 2ª a 6ª feira das 9h às 15 horas.